tag:blogger.com,1999:blog-55132671008774663082024-02-07T03:00:42.911-03:00Expats"A comunidade dos justos é estrangeira na terra, ela viaja e vive de fé no exílio e na mortalidade" (Sérgio Buarque de Holanda).(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.comBlogger186125tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-53507017518604258862012-01-24T13:32:00.000-03:002012-02-26T08:22:50.077-03:00Hasta luego, Madrid<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixn_Kt0vLdjYzHXR-EwqNpbdd2siBE1qt5tVqf5LZnWWoJdVEeFWtxuhpMLnBuTw2IwZRZZM34P5_YMkDDvNkzPRB-IgWX2y3q5AtaxsCGIkW5mGDcmnE4KlAYGnyxL8tTdQ1n8GrKHbaf/s1600/Madrid_enero_2012+004.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="87" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixn_Kt0vLdjYzHXR-EwqNpbdd2siBE1qt5tVqf5LZnWWoJdVEeFWtxuhpMLnBuTw2IwZRZZM34P5_YMkDDvNkzPRB-IgWX2y3q5AtaxsCGIkW5mGDcmnE4KlAYGnyxL8tTdQ1n8GrKHbaf/s400/Madrid_enero_2012+004.JPG" width="400" /></a></div>
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<span lang="PT-BR">Acabo de chegar a Buenos Aires, de umas mini férias de 15 dias em Madri. </span>Ansiava revê-la. <span lang="PT-BR">Vivia a ansiedade de <i>una</i></span><i><span lang="PT-BR"> </span></i><i><span lang="ES-TRAD">novia</span></i><i><span lang="ES-TRAD"> </span></i><i><span lang="PT-BR">enamorada</span></i><span lang="PT-BR"> que imaginava como estaria o ser querido depois de sua ausência. Que mudanças teria sofrido? Também haveria sentido a minha partida? Infelizmente, Madri não tem vivido seus melhores momentos e não seria EU nem muito menos a minha visita a resposta para o seu tormento. A “crise”, tão cruelmente vivida principalmente durante esse ano em que eu estive entre Argentina e Brasil, quase consegue tirar o protagonismo do reencontro.</span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjUtRNOTJQ-RQjin2iLmYTYMaUFxsDhxF0I-guiRZmPiiTmzG02YTcS8Cbipg6mh26RbvHpPLGjVlkdfKGb4LdQ22W7XUW6obeaMfqkeMRob2c1We0qzj9oLwak8NKZlOMPJ1fs0Scwwbw/s1600/Madrid_enero_2012+036.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjUtRNOTJQ-RQjin2iLmYTYMaUFxsDhxF0I-guiRZmPiiTmzG02YTcS8Cbipg6mh26RbvHpPLGjVlkdfKGb4LdQ22W7XUW6obeaMfqkeMRob2c1We0qzj9oLwak8NKZlOMPJ1fs0Scwwbw/s200/Madrid_enero_2012+036.JPG" width="200" /></a></div>
Quase. Com olhos mais atentos, e a maturidade que só o tempo e a distância são capazes de proporcionar, se pode ver claramente que Madrid continua a mesma, linda e interessante, com todas suas contradições. Às vezes cruel com um desavisado que simplesmente busca uma informação, às vezes doce e maternal surpreendentemente no momento mais inesperado. Porém, sempre sincera.<br />
“Salir de tapas” –sair de bar em bar – continua <i>un gusto</i>! E pelas <i>calles</i> – ruas – seguem as mesmas <i>miradas</i> espantadas, críticas e abusadas por um lado, e por outro, divertidas e sarcásticas. Madrid tem um humor fino e rude <i>a la vez –</i> ao mesmo tempo –<i>, </i>que pode despertar tudo menos indiferença<i>. </i><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsZiKSfiVOtRLX60TvInWFtFQ8H8VwrvLGDia7-RsBRWZLCixXMIvkh7e7RbOyBR8r6bV269ruTtdJu1u5mEqvuQm3_99iXfBrQsca6BppAIpQhCcAX2xiskIg56NrA6qNHa3DLlkmSTQr/s1600/Madrid_enero_2012+154.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsZiKSfiVOtRLX60TvInWFtFQ8H8VwrvLGDia7-RsBRWZLCixXMIvkh7e7RbOyBR8r6bV269ruTtdJu1u5mEqvuQm3_99iXfBrQsca6BppAIpQhCcAX2xiskIg56NrA6qNHa3DLlkmSTQr/s320/Madrid_enero_2012+154.JPG" width="320" /></a></div>
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<span lang="PT-BR">Os 3 anos em terras espanholas foram intensos. No início, ameaçador e sofrido – na verdade, “NO” foi a palavra que mais imediatamente compreendi em língua espanhola, com todas suas diferentes entonações e possibilidades (ou impossibilidades). Um pouco dessa experiência tentei explicar aqui, sobretudo no primeiro ano do blog. Tempos depois encontrei uma Madri mais doce, acolhedora e inclusiva. Tudo ao contrário que à primeira vista. Pouco a pouco, descobri a dinâmica local e tentei tirar proveito do que me apresentava de revelador. Foi uma aventura!</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ19_F0s-K72sSv43FHJ1Ehc327QPPvwOrd1im6_65DvtRFREXWpZLrPHfdXx7sTtltMcu31dESyy9sUIZS4MNDpREQ3zO_u2KVZPPY_yqO_Z6tq3WYvYTL-rMHKIZppP75lCf5ylhAdnI/s1600/Madrid_enero_2012+156.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ19_F0s-K72sSv43FHJ1Ehc327QPPvwOrd1im6_65DvtRFREXWpZLrPHfdXx7sTtltMcu31dESyy9sUIZS4MNDpREQ3zO_u2KVZPPY_yqO_Z6tq3WYvYTL-rMHKIZppP75lCf5ylhAdnI/s200/Madrid_enero_2012+156.JPG" width="200" /></a><span lang="PT-BR">
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<span lang="PT-BR">Agora, ficam as lembranças. Só me resta dizer: - Bom te ver de novo, Madrid. Os momentos em que passamos juntas agora e antes vão ficar pra sempre marcados na nossa memória. Espero que no nosso próximo encontro me contes que saístes Desta para Uma muito melhor; fortalecida e otimista. <i>Te quiero</i>, querida.<i> Hasta luego y</i><i> </i></span><i><span lang="ES-TRAD">¡cuídate</span></i><i><span lang="PT-BR"> mucho! </span></i></div>
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</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-53960776502316022862011-11-13T23:29:00.001-03:002011-11-14T11:12:46.111-03:00Do que um estrangeiro precisa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRNjhe7Vg8qGYS_chHJ2eDWUqwzlGUBVptPPvZY-ayVf_o2H1KSe7ISGd4ZYluzrtNgnwpk_jT6wV7G8kW7QyI3NCQSi9C7gmxbTUGpXXWNGEnvGKH2BmTbJl1jjKGJS70nBvAvsNnJCDN/s1600/Enzo+e+B.A+141.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRNjhe7Vg8qGYS_chHJ2eDWUqwzlGUBVptPPvZY-ayVf_o2H1KSe7ISGd4ZYluzrtNgnwpk_jT6wV7G8kW7QyI3NCQSi9C7gmxbTUGpXXWNGEnvGKH2BmTbJl1jjKGJS70nBvAvsNnJCDN/s320/Enzo+e+B.A+141.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Casa Rosada - Buenos Aires (sede do governo argentino)</td></tr>
</tbody></table>
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Tivemos uma boa recepção desde que chegamos a Buenos Aires. Sempre que conhecemos alguém, é muito comum ouvirmos "- Olha, do que você precisar, é só ligar, que estou à disposição para o que for."<br />
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No início, era um alívio ouvir isso. Saber que tinha carta branca para chamar quando necessário. No entanto, as "dúvidas" principais foram solucionadas com uma boa Relocation (empresa contratada pela empresa do meu marido para adaptar a família expatriada). Entre outras coisas, uma Relocation te ajuda a decidir qual bairro você vai morar, te ajuda a buscar casa com uma boa imobiliária, escola de filho, indicações de médicos e dos mais variados serviços.<br />
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Quando vivíamos em Madri, a Relocation contratada pela empresa era um zero à esquerda, horrível, muito mal resolveu a parte burocrática que se refere aos papéis de permanência no país. Aqui, felizmente, nos deparamos com um bom serviço. Assim, na verdade não tenho bons motivos para ligar para ninguém pedindo ajuda. Os problemas que temos são naturais do processo e dependem de tempo para se acomodarem.<br />
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Significa dizer que esse tipo de ligação, para pedir ajuda por algo, a princípio, não haverá. No entanto, necessitamos muitíssimo socializar-nos, fazer amigos e conviver com as pessoas daqui. Outro dia, quando me perguntaram de novo, respondi que do que eu precisava mesmo era de um café, sair para tomar um café. Senti que a pessoa que me perguntou não esperava essa resposta e pareceu em pane, coitada. Ainda por cima fiquei de ligar para marcar a ocasião. A pobre da moça deve tremer de ansiedade quando vir uma ligação minha... :)<br />
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É que a experiencia me diz que na maioria das vezes a iniciativa tem que partir do próprio estrangeiro. As pessoas em geral estão tão metidas na sua rotina que não se dão conta, ou preferem não sair da sua zona de conforto. Significa dizer que se se vai viver em outro país com a família, é necessário tentar superar qualquer timidez, ligar para as pessoas, convidá-las e vencer o medo de incomodar. Não é fácil, no entanto. Essas coisas tenho dito para mim mesma. O mais comum é estar "pisando em ovos".<br />
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Sinceramente, do que um estrangeiro precisa é o que qualquer pessoa precisa: sentir-se em casa. Estar cómodo, ter seus filhos bem adaptados no colegio, ter bons amigos e uma rotina agradável. Se alguém quer realmente ajudar, deveria começar tentando conhecer melhor esse estrangeiro e sua família, convidar para sair e estar por perto. Nessas ocasiões, é comum se descobrir afinidades e com isso se estabelecer algum tipo de convivência agradável e beneficiosa para ambos.</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-82187016700387939712011-11-10T16:37:00.000-03:002011-11-10T16:49:36.619-03:00Ser estrangeiro - Parte 2<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaRJ0fgI6nwHj_4P_cSQWLzag8sKytYEQkGsQxQjxQwtgAZRTzvk_RmSln86dSC9DJyzHhoLQBIa0U3OdTy0w_NsSnd9YDVnhyOvVxaguqzhlmy5l4nBqxsLQpk957DP6pmu6a8PyZI6US/s1600/Amigos+argentinos+006.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaRJ0fgI6nwHj_4P_cSQWLzag8sKytYEQkGsQxQjxQwtgAZRTzvk_RmSln86dSC9DJyzHhoLQBIa0U3OdTy0w_NsSnd9YDVnhyOvVxaguqzhlmy5l4nBqxsLQpk957DP6pmu6a8PyZI6US/s320/Amigos+argentinos+006.JPG" width="320px" /></a></div>
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<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Acho que aos poucos ser estrangeiro passa a ser mais um estado de espírito do que uma questão de geografia. É uma sensação de deslocamento, de não pertencimento. Acabo de voltar do Brasil e nunca foi tão forte esse sentimento, o de <a href="http://www.mundodeca.com/2009/09/estrangeirice-ser-estrangeiro-e.html">“estar sem estar, de ser mas não ser”</a>.</span></span><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As idas ao Mundo de lá (Brasil) são sempre precedidas por ansiedade, felicidade e expectativa; a tão famosa <a href="http://www.mundodeca.com/2009/12/regressar-e-preciso.html">necessidade de regressar</a> de Saramago</span></span><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">. No entanto, é óbvio que pelo menos por enquanto aquele também não é o meu mundo. Depois de quase 4 anos fora, tudo provoca uma estranheza. Algumas questões práticas amplificam essa sensação, como o fato de que a pequena estrutura que contamos no Recife é proporcionada pelos familiares, quero dizer, não é nossa de verdade: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>carro, celular, casa... Além disso, <u>por opção nossa</u>, cada vez mais as idas ao Brasil se resumem a compartilhar da companhia dos familiares mais próximos, restando pouco tempo para curtir a praia, redescobrir a cidade, rever velhos amigos. A cada ida, vivemos uma angústia entre estar mais tempo com a família, rever todos que gostaríamos ou ter o tempo livre sem uma agenda abarrotada de compromissos. Estar longe é difícil, mas estar perto nestas condições também é. Apesar disso, tão logo voltamos a Buenos Aires, a saudade começa a apertar, e já começamos a programar nossa ida ao Brasil para o mais breve possível, ansiando novamente que chegue o grande dia e que possamos mais uma vez abraçar e estar perto das pessoas que amamos. É, pensando bem, nisso a estrangeirice é menor... esses arroubos afetivos são bem coisa de brasileiro.</span></span></div>
</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-8735455530812025182011-10-18T19:58:00.000-03:002011-10-18T20:16:04.330-03:00Eles, os amigos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Desde que nos mudamos para Madrid, estabelecemos que toda sexta-feira à noite, pelo menos na sexta, sairíamos para um bar, restaurante, teatro, cinema, enfim... O que não excluiria a possibilidade de sairmos outro dia da semana. No entanto, a sexta-feira é sagrada. Uma noite na semana sem filhos. <br />
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Quem já morou na Europa sabe que isso é um luxo, não é fácil organizar uma <em>canguro</em> para ficar com os filhos, o que em geral também é caro. Por isso mesmo, existe uma rede de solidariedade entre os amigos que tem filhos, cujos pais se revezam cuidando dos filhos uns dos outros, ou contam com a família. Ainda assim, é algo esporádico. Até nisso me considero uma pessoa de sorte, encontramos uma brasileira que possibilitava a mordomia.<br />
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De volta a América do Sul, voltamos a seguir a mesma rotina das sextas-feiras. Pois bem, na sexta-feira passada, quando já estávamos a caminho de algum bar em <a href="http://www.inforo.com.ar/taxonomy/term/100%2C402">Dardo Rocha</a>, um pouco entediados por uma semana difícil e chuvosa em Buenos Aires, estritamente voltada para o binômio trabalho-família, recebemos um convite para jantar na casa de uma vizinha, que também é mãe de um coleguinha da escola do meu filho maior. Foi difícil conter a "ansiedade". Explico-me. Não foi a primeira vez que fomos convidados para a casa de alguém aqui, mas nesses 3 meses realmente não foram muitos os convites - nem poderiam ser. De todas formas, esse foi o primeiro convite realmente CONQUISTADO, vindo de gente que conhecemos depois que chegamos, sem nenhuma "obrigação" social para conosco. <br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwQ3yUFY5qJTc28w-mwaIUckEZyuO6in3Zg_9tDkoXDarnBm5ALxnpTFvavMilP7dKOkpIBAopAAMN2G8dkV8x8ylA1h8EC7kWN0d6fuRFsfPxiS-M0vFT1-dVxJrWMbQydG3HHpdmMKgp/s1600/Muy+fragil+043.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwQ3yUFY5qJTc28w-mwaIUckEZyuO6in3Zg_9tDkoXDarnBm5ALxnpTFvavMilP7dKOkpIBAopAAMN2G8dkV8x8ylA1h8EC7kWN0d6fuRFsfPxiS-M0vFT1-dVxJrWMbQydG3HHpdmMKgp/s320/Muy+fragil+043.JPG" width="320px" /></a></div>
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Fomos entusiasmados para o encontro e passamos agradáveis momentos. Espero que seja o início de uma amizade duradoura. Percebo mais claramente que criar relações de amizade, realmente afetivas, de maneira que possamos compartilhar experiências e sentimentos, é um aspecto-chave para qualquer adaptação. Independente de como seja o país em que se vai viver como expatriado, independente da sua casa, da infra-estrutura local, o mais importante é conectar-se com sua gente. Foi devido a Eles, os amigos, que nossa experiencia em Madri foi tão prazerosa, e parece que serão mais uma vez Eles, os amigos (que ainda não conquistamos), que também nos salvarão no Mundo de cá.</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-33262342065597742412011-10-09T11:53:00.000-03:002011-10-09T12:25:00.150-03:00A adaptação a um novo país<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_67QsZVMhjUKwDxmvbqZkMd9y8K1etyr619BYe0aYo7us0hpDR5f3V2kMsi4MwqRLrv7EVXdT9lgDEKlyyl0vuUCAvmCv8jcpESBs3Bodfm8XSlO-GSEsV_-uEMdge4NhLDyqFGZjZhZm/s1600/bandeira+argentina.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_67QsZVMhjUKwDxmvbqZkMd9y8K1etyr619BYe0aYo7us0hpDR5f3V2kMsi4MwqRLrv7EVXdT9lgDEKlyyl0vuUCAvmCv8jcpESBs3Bodfm8XSlO-GSEsV_-uEMdge4NhLDyqFGZjZhZm/s1600/bandeira+argentina.png" /></a></div>
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Quando se fala sobre a <u>adaptação</u> a um novo país, sobretudo quando se muda <u>com a família</u>, muitos são os fatores que pesam. Construir novas relações, criar novos hábitos, entender os códigos de conduta locais, adaptar-se a um novo estilo de vida e cultura, aprender a deslocar-se, enfim, tudo isso é importante para voltar a sentir-se emocionalmente cômodo no novo ambiente. No entanto, é indispensável que o lado prático da experiência também esteja resolvido para se ter uma rotina relativamente normal: documentos de permanência no país, plano de saúde, carro, telefone em casa, celular, conta em banco, reaprender a fazer supermercado, etc. <br />
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Antes de se viver uma experiência desse tipo, temos a impressão de que basta ter os meios financeiros para resolver essas coisas e pronto. No entanto, não é verdade. Não foi assim em Madri e não está sendo por aqui. Em Buenos Aires, estamos vivendo o seguinte... por partes:<br />
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- Carro - Devido ao limite de importações imposto pelo governo Kirchner só podemos comprar o carro que estiver disponível no momento no mercado. Ainda assim, um mínimo de um mês é necessário. Em raras ocasiões pode-se conseguir antes. Resultado, estamos a pé até que chegue o carro comprado (menos meu marido que tem um carro da empresa). Quando se está com a família, tendo que levar filho em escola, fazer supermercado e tudo o mais, é um transtorno. Alugamos um carro por um período, mas agora temos que ir nos virando com táxi ou remis (serviço similar), pois percebemos que é mais barato. Não podemos depender de transporte público, que é ruim como no Brasil, diferentemente do da Espanha, que é de excelente qualidade. <br />
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- Celular - tem que ser pré-pago até que eu tenha o DNI (RG) da Argentina (também é necessário o DNI para se abrir conta em banco). Quando mais preciso, termina o crédito - um estresse!<br />
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- Telefone em casa - há mais de um mês que pedimos e por algum motivo desconhecido ainda nao foi instalado. A Telefônica é ruim em qualquer lugar, também era horrível em Madri. Quando se tem filho pequeno, um telefone em casa é importante. <br />
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- Plano de saúde - temos um seguro internacional que funciona bem mediante reembolso. Ainda estamos decidindo, mas o mais provável é que a gente faça um plano de saúde por aqui que é o comum na classe média. Em Madri, utilizávamos o sistema público de saúde, que é excelente.<br />
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- Documentos de permanência - Tentamos por aqui para mim e meus dois filhos e conseguimos marcar a entrevista para fevereiro do próximo ano. O meu marido, que veio a trabalho, retirou o dele em um mês. Também é verdade que ñ priorizamos o tema. Em Madri também demorou. Enquanto isso, eu e os meninos estamos com visto de turista e temos que sair do país de 3 em 3 meses - boa desculpa para irmos ao Brasil agora em outubro. <br />
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Outras <em>cositas</em>:<br />
- Deslocamento de carro - até se conhecer um pouco mais, só é possível com GPS. Mesmo assim, uma vizinha me comentou que só transitasse por locais mais movimentados porque é perigoso;<br />
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- Fazer compras no supermercado - as marcas são parecidas com as disponíveis no Brasil, no entanto, devido ao limite de importações predominam marcas locais. Também tenho que aprender os nomes dos cortes das carnes (por enquanto, tenho a sorte de estar com a minha sogra em casa, que se ocupa do tema). Sinceramente, atualmente creio que temos à disposição no Brasil produtos de melhor qualidade. Em Madrid, tudo é muito diferente, mas também é mais prático porque tudo é pensado imaginando-se que não se tem um empregado em casa à disposição.<br />
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- Assinatura de jornal - só se tiver um cartão de crédito local, que depende necessariamente de se ter uma conta corrente por aqui, que por sua vez depende de se ter o DNI argentino (RG). Em Madrid, é raríssimo que alguém assine jornal em casa (a explicação daria outro longo <em>post</em>).<br />
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Bom, a maioria dessas coisas ainda não solucionamos. Signfica dizer que até então vivemos alguns pequenos (e às vezes grandes) estresses diários. A recomendação é, mais uma vez, ter paciência e bom humor. Quando falta algum dos dois ou os dois, surge a tão famosa vontade de voltar.</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-49513833603940574172011-10-04T16:06:00.000-03:002011-10-04T16:06:10.820-03:00A caixa da paciência<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Chegaram nossas malas (caixas) de Madrid. É que nossa mudança veio de navio e levou dois meses no trajeto até Buenos Aires. Felizmente, dessa vez demorou exatamente o tempo programado. Quando nos mudamos do Brasil pra Espanha, nossas coisas - móveis, utensilios de cozinha, álbuns, livros, brinquedos, enxoval de cama, mesa e banho - levaram 6 meses para chegar. Passamos um bom tempo com uma cama na sala, que fazíamos de sofá para assistirmos à televisao. Quando chegaram, já haviamos comprado o básico no baratíssimo IKEA e nem nos lembrávamos mais do que havia na bagagem.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlbDbLvQ8-ZcI5vrJqV3ReN2RQpwSUIHKGjBxbGkUMqUVR2iTQD-Qk51OmdFhDBAes3F3ILazRu3xiTXCnA5cWzfpIEGasYOWHmtMhhzweeZQKh6ddIMhdtOSP637f6uqn-HIwqHRpKoL/s1600/Muy+fragil+051.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlbDbLvQ8-ZcI5vrJqV3ReN2RQpwSUIHKGjBxbGkUMqUVR2iTQD-Qk51OmdFhDBAes3F3ILazRu3xiTXCnA5cWzfpIEGasYOWHmtMhhzweeZQKh6ddIMhdtOSP637f6uqn-HIwqHRpKoL/s320/Muy+fragil+051.JPG" width="320px" /></a></div>
Essa é minha segunda experiência de mudança de país e percebo que dessa segunda vez encarei com menos ansiedade a falta das minhas coisas. O tempo vai passando e a gente vai desapegando. Valorizo mais as fotos e pequenas lembranças que compro em cada lugar que vou. Elas me fazem lembrar de acontecimentos mais relevantes; onde estava, como me senti... fazem com que passe um pequeno filme na minha cabeça. Se tivessem dito que o navio tinha afundado com tudo, seguramente teria lamentado bastante, mas de pouca coisa eu sentiria realmente falta... <br />
<br />
Ainda assim, é divertido remontar uma casa. Minha "diversão" atual é abrir caixas. E percebo que pouco a pouco vou redescobrindo meus objetos. Cada um conta um pouquinho da nossa história. Têm as caixas da saudade, com objetos de decoração do Brasil e de Madri; as caixass da chatice, com os utensílios de cozinha; as caixas do incompleto, com o material do meu doutorado; as caixas do "novo amor" com as coisinhas do meu segundo filho de apenas 3 meses; as caixas do antigo novo amor, com as coisas do meu primeiro filho de 9 anos; as caixas do primeiro amor, com as referências do namoro, noivado e casamento; as caixas da aventura, com panfletos, fotos e objetos de viagens; as caixas do esquecido, com as cifras de músicas para violão; as caixas da amizade, sobretudo com as lembranças do antigo trabalho; as caixas da desilusão, com projetos incompletos, recortes de jornal e revistas e referências de sonhos não concretizados; as caixas do conhecimento, com os livros sobre os mais diversos temas; as caixas da diversão, com cds, dvds... Mas sem dúvida predominam as caixas da saudade e do supérfluo, com tantas coisas que acumulamos que realmente não necessitamos. <br />
<br />
Bom, a reorganização e decoração do novo ambiente ajuda no processo de adaptação. Nossas coisas de certa forma têm a nossa cara e essa identidade faz com que a gente se sinta mais em casa. Bom, de todas formas é cansativo e ainda falta toda uma semana de organização... Agora mesmo estou procurando a caixa da paciência, ela precisa estar em algum lugar dessa casa.</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-40704159721807818682011-09-28T16:22:00.002-03:002011-09-28T16:56:58.177-03:00Uma estranha em meu jardim<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRDJ0XxLBOWG3uRPUc6aBgJFERHOzm9xW5qEvi_Xint3gVbgyns8I6ZijvCUJ-wJK839OffSZPam7S3XDIeP6ccrEBm2CB3TFZAfyvG5um-7SzP6BRBYcaDXzPpAHi6yfstbuP_FcQtOFR/s1600/Enzo+e+Iago+020.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRDJ0XxLBOWG3uRPUc6aBgJFERHOzm9xW5qEvi_Xint3gVbgyns8I6ZijvCUJ-wJK839OffSZPam7S3XDIeP6ccrEBm2CB3TFZAfyvG5um-7SzP6BRBYcaDXzPpAHi6yfstbuP_FcQtOFR/s320/Enzo+e+Iago+020.JPG" width="320px" /></a></div>
<br />
<br />
Nasceu uma flor no meu jardim. Não sei se poderia classificar o que tenho hoje como um jardim (ainda), já que ele está mais para um matagal do que qualquer outra coisa, mas o fato é que nasceu uma bela flor assim do nada, do dia pra noite. De repente ela estava ali. Como não há nenhuma outra da sua espécie, ela se parece mais com uma intrusa... (ou seria uma estrangeira?!). Por muito pouco não me virei e lhe disse que deveria ter me pedido permissão para aparecer assim na "minha" propriedade, sem mais. E logo eu que não entendo nada de flor! Por muito pouco não lhe fiz um interrogatório para entender de onde ela vem e o que veio fazer aqui... Me senti meio esquisita cogitando uma conversação com uma flor... <em>pero bueno</em>... Será que ela também nao se sente assim meio esquisita?, será que ñao tem dúvidas se é bem vinda? Com tanto lugar para estar... Enquanto durar essa relação (afinal, o natural é que ela se vá antes de mim - espero), estamos meio desconfiadas uma com a outra. Demorei a perceber que ela traz um novo colorido ao ambiente, um tom mais alegre à monótona paisagem. E ela, o que será que espera de mim? Cuidá-la, talvez? E assim estamos, distantes e confusas.</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-25155933792873880962011-09-26T12:10:00.001-03:002011-09-26T12:21:29.357-03:00Ser estrangeiro - Parte I<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ser um (recém) estrangeiro é...<br />
<br />
Estar sempre cometendo gafes;<br />
Ser identificado pela nacionalidade ("aquella chica, la brasileña");<br />
Buscar sempre um sorriso na esperança de uma amizade;<br />
Nunca saber se cometeu algum erro de concordância no outro idioma (como mínimo);<br />
Perder-se, quase sempre (achar-se, quase nunca);<br />
Ficar ansioso quando toca o celular e não é o marido (pode ser uma das duas únicas pessoas que também têm o seu número e quem sabe vai te convidar pra alguma coisa, qualquer uma vale);<br />
Contar os dias pra visitar a terra natal ou o último lugar em que viveu (Brasil ou Madrid);<br />
Viciar-se em facebook, twitter e tudo o mais que possibilite um relacionamento social;<br />
Estar sempre por dentro do câmbio e convertendo a moeda local;<br />
Aprender mais sobre o lugar de origem porque sempre te perguntam coisas que você nunca teve curiosidade em saber...</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-48881161044828064972011-09-26T08:00:00.001-03:002011-09-26T08:01:00.982-03:00Recomeço<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Como é difícil recomeçar qualquer coisa! Seja um novo emprego, um novo amor, criar um filho, uma nova casa, uma nova vida em um outro lugar... um blog... e quando algumas dessas coisas recomeçam juntas, recomeça o caos! <br />
<br />
Com mais ou menos complexidade, recomeçar é sempre um tema difícil... Está intrínseco ao recomeço a idéia do novo, da mudança... O recomeço envolve todo o peso do "começo" misturado com o cansaço do "re". É toda a carga do novo misturada com o revival do "de novo". <br />
<br />
E por falar em recomeçar, está recomeçando a primavera. Com um clima mais quentinho aqui em Buenos Aires, meu recomeço tende a ser mais florido, colorido e doce. Também é típico dos recomeços o despertar da esperança, aquela que sempre dá o ar de sua graça quando mais se precisa. Espero que ela pouse bem muito no meu jardim. O mundo de cá agradece.</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-42183670575260740392011-09-17T13:47:00.001-03:002011-09-17T14:12:19.973-03:00O Momento de Voltar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/mMxVIjzEMZw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Eu voltei!...<br />
<br />
<br />
Tudo estava igual<br />
Como era antes<br />
Quase nada se modificou<br />
Acho que só eu mesmo mudei<br />
E voltei!...<br />
<br />
Pois é. Aqui estou eu. De novo na blogosfera. Agora, em novo mundo: Buenos Aires. Mais estrangeira do que nunca. Deixei Madrid em maio deste ano, tive meu segundo filho em junho no Brasil e vim viver na Argentina há um mês. Continuarei meu doutorado em algum momento, a distância e... <br />
<br />
Enfim... Eu voltei pr'as coisas que eu deixei <br />
Eu voltei!... <br />
<br />
Tentando mais uma vez adaptar-me.<br />
Tal como Roberto Carlos, fui abrindo a porta devagar, mas deixei a luz entrar primeiro...<br />
Todo meu passado iluminei, <br />
E entrei!...<br />
<br />
Meu retrato ainda na parede<br />
Meio amarelado pelo tempo<br />
Como a perguntar<br />
Por onde andei?<br />
<br />
E eu falei!...<br />
"Onde andei!<br />
Não deu para ficar..."<br />
<br />
Eu voltei!...<br />
<br />
Sem saber depois de tanto tempo<br />
Se havia alguém a minha espera<br />
Passos indecisos caminhei<br />
E parei!...<br />
(...) Tanto quis dizer e não falei<br />
E chorei!...<br />
<br />
<em>(Trechos da composição O Portão de Roberto Carlos / Erasmo Carlos)</em> </div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-82024120146298359982011-09-16T18:03:00.002-03:002011-09-19T12:53:16.501-03:00Neuromarketing. La Emoción y los Marcadores Somáticos: Un Modelo de Decisión de Compra<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Parei de escrever neste blog num momento crítico em que estava terminando o meu <a href="https://docs.google.com/document/pub?id=1kOkg1cIOauc7G5D8NNTinJxOU8iPgFRO-Ct1tiNMkaM">projeto de tese de doutorado</a> (DEA ou tesina) sobre neuromarketing pela Universidade Complutense de Madrid. Falei sobre o tema <a href="http://www.aestrangeira.com/2010/05/fim-ou-ponto-e-virgula.html">aqui</a> e em tantos outros posts. Finalmente o defendi em setembro de 2010. O título parece coisa do outro mundo, mas na verdade é a proposta de um modelo de decisão de compra com base no conhecimento mais aprofundado do comportamento do consumidor, desde uma perspectiva da neurologia afetiva. Bom, creio que não facilitei muito a compreensão...aos que entendem um pouco de espanhol e têm interesse, boa leitura. Para dar uma idéia mais precisa sobre o que é, seguem a capa, uma breve apresentação e o índice (bom, e o projeto completo se encontra no link acima).<br />
<br />
UNIVERSIDAD COMPLUTENSE DE MADRID<br />
DEPARTAMENTO DE COMERCIALIZACION E INVESTIGACION DE MERCADOS<br />
PROGRAMA DE DOCTORADO – PROYECTO DE TÉSIS DOCTORAL<br />
<span style="font-size: large;">La Emoción y los Marcadores Somáticos: Un Modelo de Decisión de Compra</span><br />
<br />
Realizado por:<br />
CRISTINA MARIA ALCANTARA DE BRITO VIEITEZ<br />
<br />
Bajo la dirección de:<br />
DR. VICTOR MANUEL MOLERO AYALA<br />
<br />
Madrid, Septiembre 2010 <br />
<br />
Apresentación<br />
Este proyecto intentará proponer un modelo que haga comprender mejor los éxitos (toma de decisión de compra) y fracasos (toma de decisión de NO compra, o rechazo) de estímulos comerciales, con una perspectiva novedosa basada en los recientes estudios sobre las emociones (la Neurología Afectiva) y su influencia sobre el comportamiento del consumidor. <br />
<br />
INDICE<br />
1. BREVE RESUMEN DEL PROYECTO DE INVESTIGACIÓN<br />
1.1. Planteamiento del Problema y Objetivos de la Investigación<br />
1.2. Relevancia del Tema<br />
2. DESCRIPCIÓN GENERAL DEL PROYECTO<br />
2.1. Campo Temático<br />
2.1.1. El Neuromarketing y el Mundo de las Emociones<br />
2.1.2. El Neuromarketing y la Evolución<br />
2.1.3. El Hombre Racional<br />
2.1.4. Somos. Después, Pensamos<br />
2.1.5. El Caballo Olvidado de Platón<br />
2.1.6. La Decisión Emocional<br />
2.2. Marco Teórico y Conceptual<br />
2.2.1. El Comportamiento del Consumidor<br />
2.2.2.Las Decisiones de Compra<br />
2.2.3. La Mente y El Comportamiento del Consumidor<br />
2.2.4. La Teoría de las Evaluaciones Cognitivas<br />
2.2.5 Las Emociones y El Comportamiento del Consumidor<br />
2.2.6 El Cerebro Humano y Las Decisiones<br />
2.2.7 La Neurología Afectiva y El Marketing<br />
2.2.8 Los Marcadores Somáticos<br />
2.2.9 Los Descubrimientos de la Neurociencia Experimental en las Decisiones de compra<br />
2.3. Principales Cuestiones a Investigar<br />
3. METODOLOGÍA DE LA INVESTIGACIÓN<br />
3.1. Resultados Esperados<br />
3.2. Plan de Trabajo<br />
3.3. Limitaciones de La Investigación<br />
4. CONCLUSIONES<br />
5. GLOSARIO DE NEUROANATOMÍA<br />
6. BIBLIOGRAFÍA<br />
7. ANEXO I: ÍNDICE DE FIGURAS Y TABLAS</div>
(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-26482876748221881912010-05-08T22:14:00.004-03:002010-05-24T03:25:29.945-03:00FIM ou Ponto-e-Vírgula ?!Há momentos para tudo. Momentos para sonhar, para vivenciar; momentos para acordar e recordar; há momentos de partir e outros para voltar... Em havendo todos esses momentos e tantos outros, há um momento, em especial, que já faz algum tempo que estou adiando, mas é chegada a hora! O momento de calar. Não assim tão imediatamente, se não esse texto teria terminado no “.” – ponto – anterior, que deveria ter sido o ponto final (odeio pontos finais!!). Mas como já disse, tenho adiado ao máximo esse momento, e não é porque ele chegou que vou me dar por vencida assim tão prontamente. Vou me estender um bocadinho… para desfrutar mais desse momento, por mais contraditório que possa parecer. O momento de calar que se aproxima não é devido à falta do que dizer, ao contrário, sinto que ainda tenho tanto a dizer que às vezes não me contenho em mim mesma. Me pergunto o que mudou. De certa forma, continuo exatamente a mesma: eternamente estrangeira, profissional, estudante, ""o exotérico" de Gil e do início do blog, mãe, mulher, filha, irmã, amiga, e Metade de tudo um pouco, mas sinto que a introspecção chega – a mim – em boa hora (construção sintática meio espanhola, “pero bueno...”). Tô meio “pensamiento” puro. Tenho uma excelente "excusa": “La Tesina” ou projeto de tese, mas seguramente, é mais do que isso, já não tenho a mesma motivação! Quero viver outras coisas (sim, isto aqui também é uma forma de vivência) e para isso devo estabelecer um marco - apesar de haver toda uma filosofia contrária aos marcos. Assumo o "marco", necessito calar, e preciso fazê-lo solenemente. Muitos param um tempo de escrever, depois se modernizam, mudam de assunto, e assim se reinventam e continuam o blog. Quero fechar um ciclo, o que implica silenciar, e silenciar oficialmente (e falando muito até o último suspiro). <br />
Todo fim de ciclo, tem a sua dor. É doído escrever sobre esse momento, e por isso tenho adiado tanto oficializá-lo, embora já há algum tempo que tenho sinalizado para mim mesma e para você que me lê, que Ele, o momento, está chegando. Talvez não seja um momento de ponto final, mas um grande ponto-e-vírgula – mais uma vez resistindo em terminá-lo... Coragem, Cristina – a estrangeira é mais resoluta!!! <br />
Aos que se interessarem, sugiro a leitura ou releitura do blog seguindo a sua cronologia histórica, e talvez a necessidade do meu “ ; ” dispense explicações. <strong>Sem mais delongas, com um pouco de dor no peito, a estrangeira se despede</strong>, por ora, para poder vivenciar outros momentos, e quem sabe poder, mais “adelante”, voltar a escrever, compartilhar e viver outros bons momentos na blogosfera… <span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">De momento, só o tilintar do vento na janela, um sopro de vida que me lembra Clarice Lispector e um fim doloroso (pura redundância!), mas necessário e desejado </span><strong>;</strong>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-83690998260149429392010-05-06T07:26:00.001-03:002010-05-06T07:27:23.855-03:00Tecnología de última generación<object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/iwPj0qgvfIs&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowScriptAccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/iwPj0qgvfIs&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_US&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="385"></embed></object>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-20503701227817488872010-04-23T10:13:00.002-03:002010-04-23T10:16:38.103-03:00Karina Buhr diretamente para a EspanhaDe Pernambuco para o mundo. Depois do Comadre Florzinha, <a href="http://www.myspace.com/karinabuhr">Karina Buh</a>r se reencontra em carreira sólo. Boa música. Aproveite e disfrute da entrevista da pernambucaníssima, justo em seguida.<br />
Eita saudade dessa terrinha! <br />
<br />
<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/4NoXdQHHvL0&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/4NoXdQHHvL0&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-74843903702824956562010-04-20T03:38:00.001-03:002010-04-20T03:45:07.763-03:00Contra o fumo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWNVK5xmZZNoD6F-vrbOWdZznKjYluJYkJFqKS_I8lNcCZM4E6cZgVt4RirKNoeVHSZANZ2uMtinadIab6CpJIiBiXAMoA_h5nU2FMU47KGoJ6_ShtXzkbOfgYH1A3tOmP8Dr0OCDkD8JF/s1600/Contra+o+fumo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWNVK5xmZZNoD6F-vrbOWdZznKjYluJYkJFqKS_I8lNcCZM4E6cZgVt4RirKNoeVHSZANZ2uMtinadIab6CpJIiBiXAMoA_h5nU2FMU47KGoJ6_ShtXzkbOfgYH1A3tOmP8Dr0OCDkD8JF/s320/Contra+o+fumo.png" wt="true" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Gente, como se fuma por aqui! Felizmente, a primavera começa a "dar realmente o ar de sua graça"e as "terrazas" voltam a ser uma opção: bares e restaurantes põem suas mesas do lado de fora e podemos respirar ar puro, sem morrer de frio. A maioria dos bares e restaurantes permite fumar, e muitos não têm área específica para fumantes em seus espaços internos - o que, vamos combinar, se é pequeno o ambiente, tampouco resolveria. Na Espanha, a <a href="http://www.diarioinformacion.com/sociedad/2010/01/17/paises-restaurantes-bares-humo/970479.html">lei anti-fumo só se aplica a bares acima de 100 metros quadrados</a>, ou seja, em 80% dos bares espanhóis quem decide é o proprietário, que em geral permite o fumo.</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><br />
Me assusta quando vejo adolescentes fumando, mulheres grávidas, mulheres com filhos pequenos...Generalizar sempre é um risco, mas eu diria que vejo com freqüência todo tipo de gente fumando, sem critério, cuidado ou respeito, e como além de eu não suportar fumaça também sou alérgica, estou sempre observando os ambientes e medindo o "fumacê". <br />
<br />
Sei que a tolerância quanto ao fumo não é um fenômeno apenas espanhol, mas seguramente há uma campanha anti-fumo CONTUNDENTE (aqui também há campanhas e advertências, mas creio que de forma bem mais leve). Por aqui, percebo uma aceitação social e um abrandamento de normas. Lamentável!(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-82885632466489932652010-04-09T10:13:00.001-03:002010-04-09T10:15:55.682-03:00Fernando Pessoa, para mis queridos espanhóis (españoles)<blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8RVBvyrgnuyd_P0r6Nroeblk40nZKT_-zRU7i0Iw-O9-f6LFPBabQ__Mr82b5DLYT4Q50JrVo1xzz4_DfccZ4VF7ypwuVOsV1Qh036R6-LsiFwgEi9KlSp1aEV40qC8S4IDV0uALYFsIu/s1600/Lisboa+443.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8RVBvyrgnuyd_P0r6Nroeblk40nZKT_-zRU7i0Iw-O9-f6LFPBabQ__Mr82b5DLYT4Q50JrVo1xzz4_DfccZ4VF7ypwuVOsV1Qh036R6-LsiFwgEi9KlSp1aEV40qC8S4IDV0uALYFsIu/s320/Lisboa+443.JPG" wt="true" /></a></div></blockquote><div style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Torre de Belém, ao entardecer (Lisboa)</span></div><blockquote>Ainda no auge da volta da viagem à Lisboa, inevitável não publicá-lo mais uma vez, Fernando Pessoa, desta vez, em espanhol: "<a href="http://amediavoz.com/pessoa.htm">Tabaquería</a>":</blockquote>"<span style="font-size: x-small;">No soy nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Nunca seré nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">No puedo querer ser nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Aparte de esto, tengo en mí todos los sueños del mundo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ventanas de mi cuarto,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">de mi cuarto de uno de los millones de gente que nadie sabe quién es</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(y si supiesen quién es, ¿qué sabrían?),</span><br />
<span style="font-size: x-small;">dais al misterio de una calle constantemente cruzada por la gente,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">a una calle inaccesible a todos los pensamientos,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">real, imposiblemente real, evidente, desconocidamente evidente,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">con el misterio de las cosas por lo bajo de las piedras y los seres,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">con la muerte poniendo humedad en las paredes y cabellos blancos en los hombres,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">con el Destino conduciendo el carro de todo por la carretera de nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Hoy estoy vencido, como si supiera la verdad.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Hoy estoy lúcido, como si estuviese a punto de morirme</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y no tuviese otra fraternidad con las cosas</span><br />
<span style="font-size: x-small;">que una despedida, volviéndose esta casa y este lado de la calle</span><br />
<span style="font-size: x-small;">la fila de vagones de un tren, y una partida pintada</span><br />
<span style="font-size: x-small;">desde dentro de mi cabeza,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y una sacudida de mis nervios y un crujir de huesos a la ida.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Hoy me siento perplejo, como quien ha pensado y opinado y olvidado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Hoy estoy dividido entre la lealtad que le debo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">a la tabaquería del otro lado de la calle, como cosa real por fuera,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y a la sensación de que todo es sueño, como cosa real por dentro.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">He fracasado en todo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Como no me hice ningún propósito, quizá todo no fuese nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">El aprendizaje que me impartieron,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">me apeé por la ventana de las traseras de la casa.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me fui al campo con grandes proyectos.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero sólo encontré allí hierbas y árboles,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y cuando había gente era igual que la otra.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me aparto de la ventana, me siento en una silla. ¿En qué voy a pensar?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿Qué sé yo del que seré, yo que no sé lo que soy?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿Ser lo que pienso? Pero ¡pienso ser tantas cosas!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¡Y hay tantos que piensan ser lo mismo que no puede haber tantos! </span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿Un genio? En este momento</span><br />
<span style="font-size: x-small;">cien mil cerebros se juzgan en sueños genios como yo,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y la historia no distinguirá, ¿quién sabe?, ni a uno,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">ni habrá sino estiércol de tantas conquistas futuras.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">No, no creo en mí.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¡En todos los manicomios hay locos perdidos con tantas convicciones! </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Yo, que no tengo ninguna convicción, ¿soy más convincente o menos convincente?</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">No, ni en mí...</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿En cuántas buhardillas y no buhardillas del mundo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">no hay en estos momentos genios-para-sí-mismos soñando?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿Cuántas aspiraciones altas y nobles y lúcidas</span><br />
<span style="font-size: x-small;">-sí, verdaderamente altas y nobles y lúcidas-,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y quién sabe si realizables, no verán nunca la luz del sol verdadero</span><br />
<span style="font-size: x-small;">ni encontrarán quien les preste oídos?</span><br />
<span style="font-size: x-small;">El mundo es para quien nace para conquistarlo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y no para quien sueña que puede conquistarlo, aunque tenga razón.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">He soñado más que lo que hizo Napoleón.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">He estrechado contra el pecho hipotético más humanidades que Cristo,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">he pensado en secreto filosofías que ningún Kant ha escrito.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero soy, y quizá lo sea siempre, el de la buhardilla,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">aunque no viva en ella;</span><br />
<span style="font-size: x-small;">seré siempre el que no ha nacido para eso;</span><br />
<span style="font-size: x-small;">seré siempre el que tenía condiciones;</span><br />
<span style="font-size: x-small;">seré siempre el que esperó que le abriesen la puerta al pie de una pared sin puerta</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y cantó la canción del Infinito en un gallinero,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y oyó la voz de Dios en un pozo tapado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¿Creer en mí? No, ni en nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Derrámame la naturaleza sobre mi cabeza ardiente</span><br />
<span style="font-size: x-small;">su sol, su lluvia, el viento que tropieza en mi cabello,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y lo demás que venga si viene, o tiene que venir, o que no venga.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Esclavos cardíacos de las estrellas,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">conquistamos el mundo entero antes de levantarnos de la cama;</span><br />
<span style="font-size: x-small;">pero nos despertamos y es opaco,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">nos levantamos y es ajeno,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">salimos de casa y es la tierra entera,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y el sistema solar y la Vía Láctea y lo Indefinido.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(¡Come chocolatinas, pequeña,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">come chocolatinas!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Mira que no hay más metafísica en el mundo que las chocolatinas,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">mira que todas las religiones no enseñan más que la confitería.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¡Come, pequeña sucia, come!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">¡Ojalá comiese yo chocolatinas con la misma verdad con que comes! </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero yo pienso, y al quitarles la platilla, que es de papel de estaño,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">lo tiro todo al suelo, lo mismo que he tirado la vida.)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero por lo menos queda de la amargura de lo que nunca seré</span><br />
<span style="font-size: x-small;">la caligrafía rápida de estos versos,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">pórtico partido hacia lo Imposible.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero por lo menos me consagro a mí mismo un desprecio sin lágrimas,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">noble, al menos, en el gesto amplio con que tiro</span><br />
<span style="font-size: x-small;">la ropa sucia que soy, sin un papel, para el transcurrir de las cosas,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y me quedo en casa sin camisa.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(Tú, que consuelas, que no existes y por eso consuelas,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o diosa griega, concebida como una estatua que estuviese viva,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o patricia romana, imposiblemente noble y nefasta,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o princesa de trovadores, gentilísima y disimulada,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o marquesa del siglo dieciocho, descotada y lejana,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o meretriz célebre de los tiempos de nuestros padres,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o no sé qué moderno -no me imagino bien qué-,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">todo esto, sea lo que sea, lo que seas, ¡si puede inspirar, que inspire!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Mi corazón es un cubo vaciado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Como invocan espíritus los que invocan espíritus, me invoco</span><br />
<span style="font-size: x-small;">a mí mismo y no encuentro nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me acerco a la ventana y veo la calle con absoluta claridad,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">veo las tiendas, veo las aceras, veo los coches que pasan,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">veo a los entes vivos vestidos que se cruzan,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">veo a los perros que también existen,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y todo esto me pesa como una condena al destierro,</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><strong>y todo esto es extranjero, como todo.</strong>)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">He vivido, estudiado, amado, y hasta creído,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y hoy no hay un mendigo al que no envidie sólo por no ser yo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Miro los andrajos de cada uno y las llagas y la mentira,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y pienso: puede que nunca hayas vivido, ni estudiado, ni amado ni creído</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(porque es posible crear la realidad de todo eso sin hacer nada de eso);</span><br />
<span style="font-size: x-small;">puede que hayas existido tan sólo, como un lagarto al que cortan el rabo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y que es un rabo, más acá del lagarto, removidamente.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<strong><span style="font-size: x-small;">He hecho de mí lo que no sabía,</span></strong><br />
<strong><span style="font-size: x-small;">y lo que podía hacer de mí no lo he hecho.</span></strong><br />
<span style="font-size: x-small;">El disfraz que me puse estaba equivocado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me conocieron enseguida como quien no era y no lo desmentí, y me perdí.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Cuando quise quitarme el antifaz,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">lo tenía pegado a la cara.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Cuando me lo quité y me miré en el espejo,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">ya había envejecido.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Estaba borracho, no sabía llevar el dominó que no me había quitado.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Tiré el antifaz y me dormí en el vestuario</span><br />
<span style="font-size: x-small;">como un perro tolerado por la gerencia</span><br />
<span style="font-size: x-small;">por ser inofensivo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y voy a escribir esta historia para demostrar que soy sublime.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Esencia musical de mis versos inútiles,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">ojalá pudiera encontrarme como algo que hubiese hecho,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y no me quedase siempre enfrente de la tabaquería de enfrente,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">pisoteando la conciencia de estar existiendo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">como una alfombra en la que tropieza un borracho</span><br />
<span style="font-size: x-small;">o una estera que robaron los gitanos y no valía nada.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero el propietario de la tabaquería ha asomado por la puerta y se ha quedado a la puerta.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Le miro con incomodidad en la cabeza apenas vuelta,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y con la incomodidad del alma que está comprendiendo mal.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Morirá él y moriré yo.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Él dejará la muestra y yo dejaré versos.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">En determinado momento morirá también la muestra, y los versos también.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Después de ese momento, morirá la calle donde estuvo la muestra,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y la lengua en que fueron escritos los versos,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">morirá después el planeta girador en que sucedió todo esto.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">En otros satélites de otros sistemas cualesquiera algo así como gente</span><br />
<span style="font-size: x-small;">continuará haciendo cosas semejantes a versos y viviendo debajo de cosas semejantes a muestras,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">siempre una cosa enfrente de la otra,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">siempre una cosa tan inútil como la otra,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">siempre lo imposible tan estúpido como lo real,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">siempre el misterio del fondo tan verdadero como el sueño del misterio de la superficie,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">siempre esto o siempre otra cosa o ni una cosa ni la otra.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pero un hombre ha entrado en la tabaquería (¿a comprar tabaco?),</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y la realidad plausible cae de repente encima de mí.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me incorporo a medias con energía, convencido, humano,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y voy a tratar de escribir estos versos en los que digo lo contrario.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Enciendo un cigarrillo al pensar en escribirlos</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y saboreo en el cigarrillo la liberación de todos los pensamientos.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Sigo al humo como a una ruta propia,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y disfruto, en un momento sensitivo y competente,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">la liberación de todas las especulaciones</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y la conciencia de que la metafísica es una consecuencia de encontrarse indispuesto.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Después me echo para atrás en la silla</span><br />
<span style="font-size: x-small;">y continúo fumando.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Mientras me lo conceda el destino seguiré fumando.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(Si me casase con la hija de mi lavandera</span><br />
<span style="font-size: x-small;">a lo mejor sería feliz.)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Visto lo cual, me levanto de la silla. Me voy a la ventana.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;">El hombre ha salido de la tabaquería (¿metiéndose el cambio en el bolsillo de los pantalones?).</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ah, le conozco: es el Esteves sin metafísica.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(El propietario de la tabaquería ha llegado a la puerta.)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Como por una inspiración divina, Esteves se ha vuelto y me ha visto.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Me ha dicho adiós con la mano, le he gritado ¡Adiós, Esteves! , y el Universo</span><br />
<span style="font-size: x-small;">se me reconstruye sin ideales ni esperanza, y el propietario de la tabaquería se ha sonreído." <span style="color: blue;">(Fernando Pessoa)</span></span><br />
<br />
<span style="color: blue;">Si yo fuera algo, quería ser un verso de Fernando Pessoa.</span>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-23663029893008856822010-04-07T19:36:00.009-03:002010-04-07T20:13:46.947-03:00Fernando Pessoa, Lisboa e, por acaso, euzinha<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglg4hdjXsKxjoCh0L8bnPXVR5TMo-OSdxIwpZ4pxGtcrli_zdJW6YWln81nKzZjNTWxfiTTvrIV41l9eA2nyiGnhy6cc0FlR14PsD6SG8b84Ns4ad3nkPWfPyyF7qAlZnoemm9EFtUV6yx/s1600/Lisboa+315.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" nt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglg4hdjXsKxjoCh0L8bnPXVR5TMo-OSdxIwpZ4pxGtcrli_zdJW6YWln81nKzZjNTWxfiTTvrIV41l9eA2nyiGnhy6cc0FlR14PsD6SG8b84Ns4ad3nkPWfPyyF7qAlZnoemm9EFtUV6yx/s400/Lisboa+315.JPG" width="400" /></a><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcWTtI_gtz9ea0tvvbeF3pSf2LTiJRbTCZO0G-pSwPJQ8gYa2HTHSSadfOSL7WhgXS17SBxbqyp8h6w_MC_LrYRBlD82YUJ9ZUewLnCIt9i6Fe-qzlvHzrEV5jH4nR1xSAJYHSt63ILt5X/s1600/Lisboa+312.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: right; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" nt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcWTtI_gtz9ea0tvvbeF3pSf2LTiJRbTCZO0G-pSwPJQ8gYa2HTHSSadfOSL7WhgXS17SBxbqyp8h6w_MC_LrYRBlD82YUJ9ZUewLnCIt9i6Fe-qzlvHzrEV5jH4nR1xSAJYHSt63ILt5X/s200/Lisboa+312.JPG" width="150" /></a>"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...</div>Que já têm a forma do nosso corpo ...<br />
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos<br />
mesmos lugares ...<br />
É o tempo da travessia ...<br />
E se não ousarmos fazê-la ...<br />
Teremos ficado ... para sempre ...<br />
À margem de nós mesmos..." <a href="http://www.pensador.info/textos_de_fernando_pessoa/">(Fernando Pessoa)</a><br />
<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmUPi1sZNGeH9Tg7ai0_SyvMO8-djHSq2FQ9w5lVc65nuPM-7p5s1WwV_dhHIa9le9pItGEmy9_R3iareqX0jOMwuplsbAfi4vM754GAs06SoiQF6KLv4S3StpL96_jOYnpqxJX36bgjgf/s1600/Lisboa+332.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" nt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmUPi1sZNGeH9Tg7ai0_SyvMO8-djHSq2FQ9w5lVc65nuPM-7p5s1WwV_dhHIa9le9pItGEmy9_R3iareqX0jOMwuplsbAfi4vM754GAs06SoiQF6KLv4S3StpL96_jOYnpqxJX36bgjgf/s320/Lisboa+332.JPG" /></a>Estivemos em Lisboa na Semana Santa. E, apesar do muito que sentí, e do que teria a relatar, estou tentando ser fiel (ou quase) ao meu compromisso disciplinado de não dedicar-me a nada mais que não seja NEUROMARKETING, meu doutorado (ui!!!!). De qualquer forma, imaginando que Fernando Pessoa pode também me inspirar nesta mesma tarefa, resolvi revisitá-lo um bocadinho. E deixo registrada aqui a minha admiração por ele. <br />
<br />
Fomos a um restaurante que tem em suas paredes a memória viva da sua passagem por ali, fotos, poemas, vibrações. Por breves momentos, me senti transportada para o início do século XX; me sentei à mesa ao lado; observei-o enquanto escrevia; lhe dei um "boa tarde!" - que, absorto, não correspondeu ao cumprimento; comi bolinhos de bacalhau; tomei um gole de um bom vinho português; observei-o mais uma vez... Direto do túnel do tempo, euzinha, ali, no mesmo ambiente que outrora foi para ele, inspiração. Por um momento, me senti quase cúmplice; tiete de segunda... <br />
<br />
É... É mesmo melhor deixar por aqui. Poucas pessoas sabem traduzir tão bem simplesmente... TUDO.<br />
<br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU-SsvW6CcAplsloxHYMZV3dcBGVkf7RuP_SX0gCmrYCq_FN7_xIKf4vX-SqYpGVH0nyu74S0dPNhNyiASkxw4tst4Gem-OQj-vOUZ6PTmDXjIIJRalR7xWDu8yTIMejaTk3XAxvUAEFH0/s1600/Lisboa+325.JPG" imageanchor="1" style="cssfloat: left; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" nt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU-SsvW6CcAplsloxHYMZV3dcBGVkf7RuP_SX0gCmrYCq_FN7_xIKf4vX-SqYpGVH0nyu74S0dPNhNyiASkxw4tst4Gem-OQj-vOUZ6PTmDXjIIJRalR7xWDu8yTIMejaTk3XAxvUAEFH0/s320/Lisboa+325.JPG" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEituUvZDnWEQYemy37jsLhb6x7bLaxXkYJGtYEIykUhBancn_HcL47xOPBzQqgZa6xR-YniCwYRijqZyNtzD3wp0U-hJoESPg1EutsAo9GfHe-7xD4zvbKAx_xeuXunvega-rXaZv7BBPJx/s1600/Lisboa+326.JPG" imageanchor="1" style="cssfloat: right; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" nt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEituUvZDnWEQYemy37jsLhb6x7bLaxXkYJGtYEIykUhBancn_HcL47xOPBzQqgZa6xR-YniCwYRijqZyNtzD3wp0U-hJoESPg1EutsAo9GfHe-7xD4zvbKAx_xeuXunvega-rXaZv7BBPJx/s200/Lisboa+326.JPG" width="150" /></a></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-size: x-small;"></span><br />
<blockquote><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...</span></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.</span></div><blockquote><blockquote><span style="font-size: x-small;">Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..</span><br />
<span style="font-size: x-small;">E lembra-te : Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão" <a href="http://www.pensador.info/textos_de_fernando_pessoa/">(Fernando Pessoa)</a></span></blockquote></blockquote></blockquote>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-12422893435481025042010-03-24T10:19:00.000-03:002010-03-24T10:19:08.374-03:00Maria Rita em MadridUma passadinha pra divulgar o show de Maria Rita em Madri. Será no dia 15 de maio, na <a href="http://www.salariviera.com/index.php?p=2">Sala Riviera</a>. Uma amiga me informou a respeito e confirmei pelo <a href="http://movidabrasilena.blogspot.com/2010/03/dos-unicos-conciertos-de-maria-rita-en.html">Movida Brasileña</a> e na <a href="http://lacomunidad.elpais.com/movida-brasilena/2010/3/2/dos-unicos-conciertos-maria-rita-espana">Comunidade Brasil en España do elpaís</a>. Podes comprar por <a href="http://www.nvivo.es/conciertos/maria-rita-madrid-261446">aqui</a>. <br />
<br />
<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/S6WdFmkDQq4&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/S6WdFmkDQq4&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-44523223339422538862010-03-01T17:03:00.004-03:002010-03-02T13:22:53.797-03:00Rock in Rio Madrid<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZXa2kjUkF7dcRneK9DMrM90L2F2P1cqNjnTMddm9x3_XvdXJ5RDzu0H_DTb1GBvKoUJxvnHa32cAFRhwmC9yVdnFz79QoYF_2Jd07S8sMMSDNpH5QtSMr6FmX1l_FRpClm9ND2VaftWHn/s1600-h/rock+in+rio+madrid+2010.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="121" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZXa2kjUkF7dcRneK9DMrM90L2F2P1cqNjnTMddm9x3_XvdXJ5RDzu0H_DTb1GBvKoUJxvnHa32cAFRhwmC9yVdnFz79QoYF_2Jd07S8sMMSDNpH5QtSMr6FmX1l_FRpClm9ND2VaftWHn/s320/rock+in+rio+madrid+2010.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;">Vai rolar o <a href="http://www.rockinriomadrid.es/">Rock in Rio Madrid</a>. Yo voy. ¿Y tu? Se estás em Lisboa, também podes buscar <a href="http://rockinrio-lisboa.sapo.pt/">aqui</a>.</div><br />
<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/g_LtB6ESHZE&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/g_LtB6ESHZE&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-38712111770507193552010-02-12T05:28:00.001-03:002010-02-12T05:40:27.506-03:00É Carnaval...¿É Carnaval?É cada vez mais raro eu escrever por aqui, mas aproveito e faço um pit stop do pit stop para ouvir boa música e lembrar, num frio de 1 grau, que é <a href="http://anlenedmadrid.blogspot.com/2009/02/carnaval-em-madrid.html">carnaval aqui(?!)</a> e em alguns cantos do mundo... e em Pernambuco... e no Brasil...<br />
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<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-jSVLwz1bag&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-jSVLwz1bag&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-45194843300297420412010-02-07T20:28:00.001-03:002010-02-12T05:35:45.537-03:00PIT STOP ESTRATÉGICOEstou cada vez menos presente por aqui. Tô "meio que" precisando estudar na vida real e o meu mundo virtual está "meio que" deixado de lado. Achava que precisava dar uma explicação já que a culpa bate duplamente quando sinto que não dou conta. Um grande abraço aos amigos reais e virtuais, voltarei cada vez MENOS VEZES (por enquanto), até baixar a poeira, e o doutorado engrenar de vez. Sentirei saudades dessa conversa desencanada, mas sinto que preciso. Fui!(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-29385469590655751052010-01-25T19:51:00.002-03:002010-01-25T19:54:42.456-03:00Aranjuez<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO2X6dsAi2wN6OVFORuIHslpogFXlUUNx_HwHaXQiRh0EAs0bIBjCV7SkvgyUJLf0akHUExmrhqDihXRC1h0v-gzjU3F8YAZm6Wsu6wowwXlv0Dmc9JAoNivga35rxtsnri0hiarI0M-7W/s1600-h/DSC00395.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO2X6dsAi2wN6OVFORuIHslpogFXlUUNx_HwHaXQiRh0EAs0bIBjCV7SkvgyUJLf0akHUExmrhqDihXRC1h0v-gzjU3F8YAZm6Wsu6wowwXlv0Dmc9JAoNivga35rxtsnri0hiarI0M-7W/s320/DSC00395.JPG" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Para os apreciadores da natureza, Aranjuez é uma cidade interessante de ser visitada. A 50 km de Madrid, 45 minutos de carro, é considerada pela Unesco “Ciudad Paisaje Cultural Patrimonio de la Humanidad”. Foi residência da realeza e guarda nos seus rincones uma parte importante da História Espanhola. É uma cidade com vários monumentos e jardins. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfsfZ2JfFIAuXBB7lziieqpCpcdh3EZOOKQOjGKcoxCZlTWOIW6ktm5BmUDzdzjYJ7h_dXgu8s7-uuM21JwpEk1lDpj-MEhCQEWENVmUmsvWaiNeZZU9zQ12EDcipd2LM_9Q0OVCs8MfaD/s1600-h/DSC00425.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfsfZ2JfFIAuXBB7lziieqpCpcdh3EZOOKQOjGKcoxCZlTWOIW6ktm5BmUDzdzjYJ7h_dXgu8s7-uuM21JwpEk1lDpj-MEhCQEWENVmUmsvWaiNeZZU9zQ12EDcipd2LM_9Q0OVCs8MfaD/s320/DSC00425.JPG" /></a><br />
</div><br />
Uma primeira parada recomendada é à Oficina de Turismo, próxima ao Palácio Real, que oferece um mapa da cidade e sugere algumas atrações. A principal visita em minha opinião é ao Palácio Real que preserva quase intactos os compartimentos internos. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivIPHZQITfn6PLfOW-2yfaCi7-OWUkAV-99b5VniYpUGRSshpcHb_N3YJM7TtDeoIptFUZHHJxlPJrL19L3ytmNrtRNCLSiJDHQvsYXYYn3WATpYbIA4H84VUO3FClzCyDsICMrLlMlyT7/s1600-h/DSC04924.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivIPHZQITfn6PLfOW-2yfaCi7-OWUkAV-99b5VniYpUGRSshpcHb_N3YJM7TtDeoIptFUZHHJxlPJrL19L3ytmNrtRNCLSiJDHQvsYXYYn3WATpYbIA4H84VUO3FClzCyDsICMrLlMlyT7/s320/DSC04924.JPG" /></a><br />
</div><br />
Os “Jardines de La Isla”, ao redor do Palácio, também possibilitam uma caminhada bucólica por estátuas e fontes. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY7U2q0K__oMrQ3Pw9IW8RTmu-6LBI-1h9dpxgzWw6Hdgg-zLI9aHjg8U6JbVExd4jHrP7dbTuxjRprlPAvljvTjBWBt177Lr3xz0lseTRhP77cAXh1PTITLkaXcS042zj56GxMdXePrgF/s1600-h/DSC04909.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY7U2q0K__oMrQ3Pw9IW8RTmu-6LBI-1h9dpxgzWw6Hdgg-zLI9aHjg8U6JbVExd4jHrP7dbTuxjRprlPAvljvTjBWBt177Lr3xz0lseTRhP77cAXh1PTITLkaXcS042zj56GxMdXePrgF/s320/DSC04909.JPG" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie6KEz9F8nIFBo8COScZpkEBTPn6P3Auy2TAybqBBS25mfB7j9kz9FHuWAswctzX4JAwkoea8BBfDevHsP7S7ut8y8JILzxaAI4K0H-p3aeTpb9NAji203mGDm1qxMRRfRGtOyqeAm58v7/s1600-h/DSC04922.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie6KEz9F8nIFBo8COScZpkEBTPn6P3Auy2TAybqBBS25mfB7j9kz9FHuWAswctzX4JAwkoea8BBfDevHsP7S7ut8y8JILzxaAI4K0H-p3aeTpb9NAji203mGDm1qxMRRfRGtOyqeAm58v7/s320/DSC04922.JPG" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy78gSYFQaTSgkJ_SkVus20QmAo_VyUgAI_GGEZi6bdugbHaj0KOvBCpAl0FTlAhknar_4tsLFvCBr1WMDVLT_eF2eKNDuXpgCnkzrDwUuafMusOqHQg0gICELHr5ZBpwXuRncxErl5i5l/s1600-h/DSC04910.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy78gSYFQaTSgkJ_SkVus20QmAo_VyUgAI_GGEZi6bdugbHaj0KOvBCpAl0FTlAhknar_4tsLFvCBr1WMDVLT_eF2eKNDuXpgCnkzrDwUuafMusOqHQg0gICELHr5ZBpwXuRncxErl5i5l/s320/DSC04910.JPG" /></a><br />
</div><br />
Nos “Jardines Del Príncipe”, enorme parque, está situada a “Casa de Marinos” (onde estão expostas embarcações reais denominadas falúas), e a “Casa do Labrador”. Ambos têm horas específicas de visitação e para ir à “Casa do Labrador” especificamente é fundamental ligar antes para viabilizar a visitação, que só ocorre em grupos de até 10 pessoas. <br />
<br />
Aranjuez também é muito conhecida pelo Festival da Fresa (morango), que acontece anualmente em setembro, já bastante recomendado por alguns amigos espanhóis. Nessa mesma época se celebra o famoso “Motín de Aranjuez” que ocorreu de 17-19 de março de 1808. O Motín precipitou a desejada ascensão ao poder de Fernando VII pela população e é marco fundamental para o início da queda do domínio de Napoleão Bonaparte sobre a Espanha, precipitando a Guerra da Independência de 02 de maio, em Madrid. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimmzQjVGN7Xo4pNMY4b6zsCOwjkpJL9yj3bUc-iMoy3HZ697NBhxfpitSciE3nhaLr56iJs3h99l7_Mt7JQ2YaxcMmZGTZR3yIibssDV6Jh9frccAUUXqffFzhRq8_6MxZu4xV-oTa2p9J/s1600-h/DSC04943.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimmzQjVGN7Xo4pNMY4b6zsCOwjkpJL9yj3bUc-iMoy3HZ697NBhxfpitSciE3nhaLr56iJs3h99l7_Mt7JQ2YaxcMmZGTZR3yIibssDV6Jh9frccAUUXqffFzhRq8_6MxZu4xV-oTa2p9J/s320/DSC04943.JPG" /></a><br />
</div><br />
É uma cidade muito amigável às crianças pelo agradável do enorme espaço ao ar livre e do glamour de suas paisagens. Do ponto de vista gastronômico, recomendam provar as rãs, os caranguejos de rio e os morangos, além dos vinhos e chocolates quentes. Como toda visita a um povoado espanhol, recomenda-se informar-se com antecedência as horas de abertura e fechamento dos pontos turísticos, detalhe que não levei muito em consideração e creio que alguns locais importantes que não cheguei a conhecer merecem uma segunda chance. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCZxk3I2ggtaTzxUpS5E_1ZL4m3Yf_ZGALhcv5dWDDSKxJoqHYSpr4kcz4eUzfzl_DtYuzlxXl1pGIwewc5CwONnZhRaD2yVEPSOMlMveVe8U0FiyZSQUEBeBoidwRj5uyrwP-U6jB1-CT/s1600-h/DSC04925.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCZxk3I2ggtaTzxUpS5E_1ZL4m3Yf_ZGALhcv5dWDDSKxJoqHYSpr4kcz4eUzfzl_DtYuzlxXl1pGIwewc5CwONnZhRaD2yVEPSOMlMveVe8U0FiyZSQUEBeBoidwRj5uyrwP-U6jB1-CT/s320/DSC04925.JPG" /></a><br />
</div><br />
É um bom roteiro para passeio, e pode ser incluído antes da visita a Toledo, está na mesma “ruta”. Vale a pena.(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-19581309943366730822010-01-23T12:21:00.004-03:002010-01-24T06:00:49.543-03:00Pense no Haiti. Reze pelo Haiti<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZyeS02OuP-n2K9PcMVeXfs0bf1h5r_UP7-srAZdMTZFOox0OMqzltMpMP8lKDPrIMK8Jjk6EZtTKgLcsIzFeKD6K4TG0J-eltdM6HL6kIXbACJcdgU0hizjjSbQSROJbseMyz_hfpEsB3/s1600-h/haiti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZyeS02OuP-n2K9PcMVeXfs0bf1h5r_UP7-srAZdMTZFOox0OMqzltMpMP8lKDPrIMK8Jjk6EZtTKgLcsIzFeKD6K4TG0J-eltdM6HL6kIXbACJcdgU0hizjjSbQSROJbseMyz_hfpEsB3/s320/haiti.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">foto de propriedade do El País</span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">No site <a href="http://www.brasilhaiti.com/conteudonoticias.asp?id=128">brasilhaiti.com</a>, o Professor Ricardo Seitenfus, brasileiro, gaúcho, representante especial do secretário-geral da OEA em Porto Príncipe, relata o que presenciou. Por pouco, não se tornou ele mesmo em uma vítima direta da tragédia:<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div align="center" class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzKyo7GD00NM5IOWiHd8jDdI9eOfXVHGBFcCGeeZK4BSVDcD9F6H12FlwPQxhvCTP0NpQOWPvIuwAlfzRBm0Uv0ktxVTkfO7f0QhfUMmLkRMSdF0zjE4QAYwdLZNcqZnHIiE6hpO7lfV07/s1600-h/Brasil_haiti.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzKyo7GD00NM5IOWiHd8jDdI9eOfXVHGBFcCGeeZK4BSVDcD9F6H12FlwPQxhvCTP0NpQOWPvIuwAlfzRBm0Uv0ktxVTkfO7f0QhfUMmLkRMSdF0zjE4QAYwdLZNcqZnHIiE6hpO7lfV07/s320/Brasil_haiti.jpg" /></a><span style="font-size: x-small;">"Cheguei a Porto Príncipe na madrugada de sexta-feira. O edifício onde residi por um ano desabou completamente. Perdi grande parte dos vizinhos e a totalidade de meus objetos pessoais. Tivesse eu adiado minhas férias por cinco dias, estaria também sob aqueles escombros. Trago comigo apenas a mochila que veio do Brasil, com alguma roupa e três cachimbos. Durmo no acampamento das Nações Unidas. Busco notícias dos cerca de cem funcionários que se encontram a serviço da Organização dos Estados Americanos no Haiti, dos muitos amigos universitários, diplomatas, políticos e militares. A maior parte de meus interlocutores diários faleceu. </span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">Entre as incontáveis preocupações que me assaltam hoje, sublinho a relação entre a natureza e a obra humana. Todo terremoto de tal escala causa danos de monta. Porém, se a catástrofe no Haiti alcançou tamanha amplitude, especialmente se centenas ou milhares de pessoas seguem morrendo por falta de socorro, isto se deve à inexistência prévia de um Estado proficiente em saúde pública, habitação e trabalho. A cooperação sul-americana no Haiti, extraordinário avanço da política externa da região, estava buscando exatamente forjar os meios para superar os limites de uma missão de paz tradicional, beneficiando a população de modo estrutural e permanente com variados projetos, inclusive de agricultura familiar e saneamento básico.</span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">O Haiti vive na urgência e na precariedade desde muito antes da tragédia do presente. Trata-se de um Estado débil, dependente da ajuda internacional. O território foi particularmente castigado por catástrofes naturais. Porém, o atraso no desenvolvimento do Haiti deve-se também a outros fatores, entre os quais destacam-se as ditaduras cruéis que produziram uma cultura política de privilégios e violência. Durante a ditadura da família Duvalier, sob a batuta dos famosos Papa e Baby Doc, entre as décadas de 1950 e 1980, o Haiti mergulhou na pobreza e na corrupção. O legado autoritário repercute em todas as dimensões da vida nacional.</span><br />
</div><span style="font-size: x-small;">Por tudo isso, o Brasil, em particular, deve orgulhar-se do trabalho lá realizado e persistir na ideia de trocar o mero (e sem fim) assistencialismo, ou a obsessão securitária, pela cooperação profunda, capaz de gerar autonomia. Os desafios da reconstrução são imensos, e apenas uma aliança entre os países das Américas será capaz de enfrentá-los. Nela, o Brasil deve manter e consolidar seu protagonismo. Eis um assunto de Estado, e não de governo. Os homens e as instituições se deixam conhecer plenamente no modo como reagem aos grandes traumas gravados pela História. O horror ora vivido pelo Haiti é um deles." (Professor Ricardo Seitenfus, para o site <a href="http://www.brasilhaiti.com/conteudonoticias.asp?id=128">brasil_haiti.com</a>)</span><br />
<br />
<div align="center" class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ApqXyzRcIXk&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/ApqXyzRcIXk&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">Letra da música composta por Caetano, muito antes da tragédia deste ano:</span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">"Quando você for convidado pra subir no adro</span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Da fundação casa de Jorge Amado </span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Dando porrada na nuca de malandros pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">De ladrões mulatos e outros quase brancos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tratados como pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Só pra mostrar aos outros quase pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">(E são quase todos pretos)</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E aos quase brancos pobres como pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Como é que pretos, pobres e mulatos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E não importa se os olhos do mundo inteiro</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Possam estar por um momento voltados para o largo</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Onde os escravos eram castigados</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E hoje um batuque um batuque</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Em dia de parada</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E a grandeza épica de um povo em formação</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Nos atrai, nos deslumbra e estimula</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Não importa nada:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Nem o traço do sobrado</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Nem a lente do fantástico,</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Nem o disco de Paul Simon</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Ninguém, ninguém é cidadão</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Se você for a festa do pelô, e se você não for</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Pense no Haiti, reze pelo Haiti</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Haiti é aqui</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Haiti não é aqui</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Plano de educação que pareça fácil</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Que pareça fácil e rápido</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E vá representar uma ameaça de democratização</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Do ensino do primeiro grau</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E nenhum no marginal</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Brilhante de lixo do Leblon</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Diante da chacina</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E quando você for dar uma volta no Caribe</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E quando for trepar sem camisinha</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Pense no Haiti, reze pelo Haiti</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Haiti é aqui</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Haiti não é aqui"</span><br />
</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-36655924381438004522010-01-23T10:43:00.014-03:002010-01-23T11:57:04.228-03:00"Es por Madrid": Festival Solidário pelo Haiti<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE81OpNjqrRFGwGadWxHzfCvtrPOY8l6nayvWe2v4yftrSWSCZ5UyrrkANYCTdUXAX4Ei_XrtPQSj1asp0C6BL8YI4VjXxJKJH1pLAsCRQcCv_lhP_vvjgK22TE453BxEDm40ql1SGtj4r/s1600-h/haiti_festival.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE81OpNjqrRFGwGadWxHzfCvtrPOY8l6nayvWe2v4yftrSWSCZ5UyrrkANYCTdUXAX4Ei_XrtPQSj1asp0C6BL8YI4VjXxJKJH1pLAsCRQcCv_lhP_vvjgK22TE453BxEDm40ql1SGtj4r/s320/haiti_festival.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.espormadrid.es/2010/01/festival-solidario-con-haiti-en-la-sala.html">Festival solidário</a> <br />
</div><br />
Vi em <a href="http://www.espormadrid.es/2010/01/festival-solidario-con-haiti-en-la-sala.html">Es por Madrid</a> que estão preparando vários festivais para arrecadar dinheiro para as vítimas do terremoto no Haiti. Em troca de um bom espetáculo, as pessoas podem colaborar com os haitianos a um preço de entrada de 10 euros, com consumação, na Sala de Ritmo y Compás, no próximo dia 27 de janeiro, às 21h. A Sala está situada à Calle Conde de Vilches 22/Madrid. O dinheiro será entregue aos <a href="http://www.busf.org/">Bombeiros sem Fronteiras</a> (BUSF<a href="http://www.blogger.com/"></a><span id="goog_1264255362184"></span><span id="goog_1264255362185"></span>). A notícia também pode ser encontrada em <a href="http://www.lanocheenvivo.com/noticia/festival-para-ayudar-a-haiti-en-la-sala-ritmo-y-compas">lanocheenvivo</a>.(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5513267100877466308.post-74002145298265229822010-01-05T13:00:00.005-03:002010-01-05T13:08:29.355-03:00Traduzir-se<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiYoi9fJLxZ5jm61aSoja_MvABZgwpKwjpOUJGx9_Qm3Bg0QMV22ai4TvDmgtFoIVD5G351wa-QCEdMSMWgLnay7Z-ieHPO0-R26CCmrJjTmMsIWlMyNWGunmnFkyXaBK69Dh7Y_vlwgt-/s1600-h/Casamento+015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ps="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiYoi9fJLxZ5jm61aSoja_MvABZgwpKwjpOUJGx9_Qm3Bg0QMV22ai4TvDmgtFoIVD5G351wa-QCEdMSMWgLnay7Z-ieHPO0-R26CCmrJjTmMsIWlMyNWGunmnFkyXaBK69Dh7Y_vlwgt-/s320/Casamento+015.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Feliz Ano Novo (do Brasil para o mundo)!</span><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">"Uma parte de mim </span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">é todo mundo:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte é ninguém:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">fundo sem fundo.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma parte de mim</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">é multidão:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte estranheza</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">e solidão.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma parte de mim</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">pesa, pondera:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">delira.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma parte de mim</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">almoça e janta:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">se espanta.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma parte de mim</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">é permanente:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">se sabe de repente.</span><br />
</div><span style="font-size: x-small;"><br />
</span><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Uma parte de mim</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">é só vertigem:</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">outra parte,</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">linguagem.</span><br />
</div><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: center;"><br />
</div></span><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Traduzir uma parte</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">na outra parte</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">_ que é uma questão</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">de vida ou morte _</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">será arte?"</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Ferreira Gullar</span><br />
</div>(A estrangeira) Cristina Alcântarahttp://www.blogger.com/profile/06784706586409065893noreply@blogger.com6