"A comunidade dos justos é estrangeira na terra, ela viaja e vive de fé no exílio e na mortalidade" (Sérgio Buarque de Holanda).
domingo, 18 de maio de 2008
Ser estrangeira é fazer churrrasco na chuva (lluvia)
Hoje, o marido decidiu fazer churrasco brasileiro. Bueno, muito menos estrangeiro que eu, iniciou a empreitada embalado ao som do inglês Rod Stewart e logo mudou para o pop-rock norueguês do a-ha – quem tem mais de 30 deve lembrar de ´Take on me´,´You are the one´ e outros que embalaram os anos 80. Pois bem, o sol estava ótimo. Nas ruas as pessoas davam os ares de sua graça de braços de fora nas terrazas dos bares e tudo o mais. Rod Stewart começou a tocar naquele solzão, muita animação, logo o pernil de cordeiro, lingüiças, picanha española saborosa (apesar de não ser argentina), e tudo corria às mil maravilhas... Foi só o a-há e “Celice” romperem o terraço de casa que, de repente, aquele famoso “toró”! Pense! A referência à Noruega foi fatal. A mudança de clima de forma repentina é famosa em Madri, uma mudança de 10 graus no mesmo dia é considerada absolutamente natural, por isso, muitas vezes saímos de casa com roupa de verão, mas já aprendemos que um casaquinho na mão ou amarrado na cintura é indispensável, afinal, segundo dizem no mundo de cá, “abril lluvias mil”. Mas como brasileiro não desiste nunca, logo improvisamos para darmos continuidade ao churrasco. O sol a essas alturas foi tocar em outra freguesia. Decidimos também algumas mudanças de percurso. De cerveja para uma boa cidra Andaluza, e por fim o vinho gallego Albariño, sem esquecer da providência imediata: calar a boca do pobre a-ha, atrás de algo más caliente. A estrangeira não tarda a colocar um bom forró de Elba. Como tudo é uma questão de perspectiva e nada é perfeito, churrasco na chuva também pode ser muito agradável. Porém, com a-há, never more.
Celice
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2 comentários:
Melhor um sambinha da próxima vez. Vai uma sugestão: Bambino, na voz de Elza Soares. Composição do grande Ernesto Nazareth e letra de Wisnik.
Composição: Ernesto Nazareth E Zé Miguel Wisnik
E se o ferro ferir
E se a dor perfumar
Um pé de manacá
Que eu sei existir
Em algum lugar
E se eu te machucar
Sem querer atingir
E também magoar
O seio mais lindo que há
E se a brisa soprar
E se ventar a favor
E se o fogo pegar
Quem vai se queimar
De gozo e de dor
E se for pra chorar
E se for ou não for
Vou contigo dançar
E sempre te amar amor
E se o mundo cair
E se o céu despencar
Se rolar vendaval
Temporal carnaval
E se as águas correrem
Pro bem e pro mal
Quando o sol ressurgir
Quando o dia raiar
É menino e menina
Bambino, bambina
Pra quem tem que dar
No final do final
E se a noite pedir
E se a chama apagar
E se tudo dormir
O escuro cobrir
Ninguém mais ficar
Se for pra chorar
E uma rosa se abrir
Pirilampo luzir
Brilhar e sumir no ar
Se tudo falir
O mar acabar
E se eu nunca pagar
O quanto pedi
Pra você me dar
E se a sorte sorrir
O infinito deixar
Vou seguindo seguir
E quero teus lábios beijar
http://www.youtube.com/watch?v=qcmaf2nlJH8
Meu querido primo:
"E se a dor perfumar
E se o fogo pegar
E se for pra chorar
E se o mundo cair
E se o céu despencar
Se rolar vendaval
Temporal ...
E se as águas correrem
... pro mal
E se a chama apagar
E se tudo dormir
O escuro cobrir
Ninguém mais ficar
Se tudo falir
O mar acabar
Quando o sol ressurgir
Quando o dia raiar"
VOU PARAR AÍ, NO MUNDO DE LÁ
ME AGUARDE, DE PREFERÊNCIA EM RECIFE.
MUITOS RSOSSSSSSSSS
Elza é o máximo, não?
Adorei a música. Deveria te-la conhecido antes de domingo para pedir que o sol ressurgisse.
Bjos,
Cristina
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