segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ser estrangeiro - Parte I

Ser um (recém) estrangeiro é...

Estar sempre cometendo gafes;
Ser identificado pela nacionalidade ("aquella chica, la brasileña");
Buscar sempre um sorriso na esperança de uma amizade;
Nunca saber se cometeu algum erro de concordância no outro idioma (como mínimo);
Perder-se, quase sempre (achar-se, quase nunca);
Ficar ansioso quando toca o celular e não é o marido (pode ser uma das duas únicas pessoas que também têm o seu número e quem sabe vai te convidar pra alguma coisa, qualquer uma vale);
Contar os dias pra visitar a terra natal ou o último lugar em que viveu (Brasil ou Madrid);
Viciar-se em facebook, twitter e tudo o mais que possibilite um relacionamento social;
Estar sempre por dentro do câmbio e convertendo a moeda local;
Aprender mais sobre o lugar de origem porque sempre te perguntam coisas que você nunca teve curiosidade em saber...

Recomeço

Como é difícil recomeçar qualquer coisa! Seja um novo emprego, um novo amor, criar um filho, uma nova casa, uma nova vida em um outro lugar... um blog... e quando algumas dessas coisas recomeçam juntas, recomeça o caos!

Com mais ou menos complexidade, recomeçar é sempre um tema difícil... Está intrínseco ao recomeço a idéia do novo, da mudança... O recomeço envolve todo o peso do "começo" misturado com o cansaço do "re". É toda a carga do novo misturada com o revival do "de novo".

E por falar em recomeçar, está recomeçando a primavera. Com um clima mais quentinho aqui em Buenos Aires, meu recomeço tende a ser mais florido, colorido e doce. Também é típico dos recomeços o despertar da esperança, aquela que sempre dá o ar de sua graça quando mais se precisa. Espero que ela pouse bem muito no meu jardim. O mundo de cá agradece.