"A comunidade dos justos é estrangeira na terra, ela viaja e vive de fé no exílio e na mortalidade" (Sérgio Buarque de Holanda).
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
A históra das coisas
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Buenos días o Bom Dia o Good Morning
"Quando acordar, bom dia (...) Deixe que o dia siga "teus" planos."
sábado, 16 de maio de 2009
Gata madrileña y San Isidro
Ontem foi feriado por aqui, dia de San Isidro, padroeiro de Madri. Apesar de todas as ótimas indicações que vimos no “On Madrid” do El País, no “Todo Madrid” y no “Es Madrid no Madriz”, resolvemos sair sem planos para La Latina e ver o que rolava. É um bairro que adoro, uma galera descolada, point de todas as tribos, com bares maravilhosos e muita gente na rua. Em um deles tinha uma bandeira do Brasil, em outro, marca da BrahmaChopp, em outro, música de Gilberto Gil tocando, e assim as referências brasileiras me acompanham no Mundo de cá. Passamos um bom tempo nos bares da Calle Cava Baja. Fomos de ônibus e metrô para podermos ficar também mais à vontade para beber (alcohol). Adoro andar de transporte público por aqui, é uma tranqüilidade. O que me incomoda muito ainda é o fumo nos bares, há uma tolerância social enorme quanto ao tema, e o praxe é fumar e permitir que se fume. Além do mais, tenho rinite alérgica e para mim é fatal, pero ñ tem jeito, hay que se acostumbrar. Como há muitas terrazas, mesas nas calçadas e muita movimentação a céu aberto, deu pra respirar entre um bar e outro. Aliás, faz um tempo fenomenal, nem muito quente nem muito frio, agradabilíssimo. Os bares e as ruas da La Latina estavam especialmente cheios. No fim da noite, demos um rolé na Plaza Mayor, onde estava havendo uma apresentação ao ar livre. Mas o melhor da noite foi no Bar El Madroño, alguns senhores y senhoras vestidos a caráter, cantando, sem acompanhamento, músicas espanholas típicas do festivo. Lembrei-me das farras nos mercados do Recife, dos ensaios dos blocos que cantam frevo-canção, aqueles senhores(as) do Bloco da Saudade, cantando e dançando fantasiados. Aliás, tinha muita gente fantasiada, com roupas típicas madrileñas, especialmente os mais velhos e muitas crianças. A cultura de um povo é algo bonito de se ver e importante de se preservar. Ontem, me sentí quase uma "local". Deixei um pouco minha estrangeirice de lado, e saí de copas, a la “gata madrileña”, de bar em bar. Foi divertidíssimo. No próximo San Isidro, se ainda estiver por essas bandas, irei fantasiada... É. Pode ser. Quem sabe?!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O Barça foi fenomenal
segunda-feira, 4 de maio de 2009
De Forró a Bossa Nova
Vi no blog de anlene o video de Marcos Vale e BossaCucaNova e adorei. Compartilho também aqui com vocês. Aliás, já está confirmada minha BossaTapNova para fim de junho para Recife, e embora Marcos Vale e CucaNova nunca pintem por lá, a bossa será forró, chegarei justo na tarde de São João. Creio que a galera tá meio feliz e triste com a data, afinal, no dia 23, "alguém", pai, mãe, irmã ou lo que sea tem que estar no aeroporto ao invés de estar (com seus abrigos) no "frio" de inverno de 20 graus de Caruaru, Gravatá ou Campina Grande, pulando fogueira, tomando pinga, ou comendo pamonha (ou bolo de milho, milho assado, pé-de-moleque e outras guloseimas juninas). A festa de São João é maravilhosa no Nordeste do Brasil, muitos a preferem ao carnaval. Cresci ouvindo sanfona e cordel, minha avó paterna tinha mania de responder à gente em verso. Minha avó materna (pra não provocar ciúme lá no céu), tinha Lampião como ídolo, e, honestamente, acho que tinha uma frustração danada de não ter virado a "Maria Bonita" da história.
Eu adorava vestir minha roupa de matuta, ver soltarem balão e pularem fogueira, com medo de à noite fazer xixi na cama, uma das crendices populares. Também fiz algumas simpatias pra Santo Antônio pra saber com quem ia me casar e, por casualidade ou não, deu "D" umas 3 vezes, primeira letra do meu Distinto marido, me revoltei porque na época era gamada por um carinha da escola que se chamava Ricardo, por isso insisti em repetir a simpatia.
Essas lembranças enchem meu coração de saudade. Tive uma infância feliz e muito rica culturalmente falando. A poesia popular, Luiz Gonzaga, as rezas e plantas medicinais das avós que curavam de catapora a gripe porcina, a aproximação com os primos, que não são poucos, deixaram boas lembranças, talvez por isto insisto em continuar me relacionando com eles, pelo menos com aqueles que não foram atraídos "pelo lado negro da força", plageando Star Wars. Embora sempre insisto que nasci e vivi na "capitá", em Recife, as idas ao interior de Pernambuco foram mais importantes na minha formação infantil. Hoje, infelizmente, só tenho ido lá pra enterro, o que é uma pena! Havia comentado, janeiro passado, com alguns primos que gostaria de voltar a Afogados da Ingazeira (esse é nome do interior dos meus pais), com eles em julho. Me olharam meio de banda, meio incrédulos, como quem diz: - só pode ser coisa de estrangeira.