segunda-feira, 12 de maio de 2008

Fuera de casa

Acabei de ler um jornalista do El País citar uma frase de Juan Filloy que diz: "Cuando usted viaje, deje su vida en su casa, su pueblo, en su ciudad. Es un artefacto inútil". Cá pra nós, merece reflexao e comentários. Mañana tal vez. No mundo de cá, já passa da uma de la mañana. Como se diz em Espanhol quando se vai completar algo adelante: "A ver..."

O mundo de cá é Metade...



É metade entusiasmar-se, é metade relutar. É metade querer ficar, é metade querer partir. É metade explorar, é metade sentir. É meio bossa nova, mas mais ainda é flamenco. É metade descabelar, é metade resistir. É agonia e é alegria.
Mais do que tudo, o Mundo de Cá é recomeço.
E recomeçando, lembrei-me do meu ídolo de adolescência (quando eu apenas começava), e da sua “Metade”, tantas vezes atribuída a Vinicius.

http://br.youtube.com/watch?v=ujQoUEdXr_8

O mundo de cá

Contrariando Caetano, “e eu, ´tão´ estrangeira no lugar quanto no momento, sigo mais sozinha caminhando contra o vento".



O Mundo de cá... ah! O mundo de cá não é!, mas pode vir a ser. É promessa! O mundo de cá também já foi. Já foi dono do mundo, já descobriu a América, já foi protagonista de tantas conquistas! O mundo de cá é Comunidade Européia, é “cámbio”, é latinidade, é prosa e poesia, mas, mais do que tudo, é saudade! O mundo de cá é desconhecido, é novo, é incômodo, é difícil, é complexo. É...! mas também é simples, mais simples do que o de lá. Depende, talvez..., é sim, é não, é... quem sabe?! É ambíguo, tanto quanto. É sereno. É tormenta, é seco... O mundo de cá é estrangeiro e estranho, e eu, mais estranha do que ele, nele.
O mundo de cá é mistério.

http://br.youtube.com/watch?v=DEtOyK75-Ks