quinta-feira, 7 de agosto de 2008

La nave de piedra

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De volta ¨da volta¨ ao Brasil, fomos a Segóvia, uma das inúmeras pequenas cidades medievais da Espanha. Com 55.000 habitantes, a uma hora de Madri, foi considerada pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. É uma cidade que está situada na Unidade Autônoma de Castilla y Leon, e é realmente preciosa, como dizem os nativos ao denominar algo especial. Foi onde Isabel a Católica foi proclamada rainha de Castilla em 1474.

Bueno, com um gosto ainda meio amargo da saudade do Mundo de lá, Segóvia foi para mim uma grata surpresa. Honestamente, não conhecia sua história e não imaginava o quanto ela é interessante. É chamada de la nave de piedra devido à sua geografia, composta por 3 principais monumentos, que nos faz lembrar um navio: o castelo da proa é o Alcázar (fotos superior e lateral), o mastro é a Catedral, e as amarras dos arcos, o Acueducto. Junto ao Acueducto, que representa o mundo pagão, encontra-se a Catedral, que foi dedicada à Nossa Senhora da Assunção e a San Frutos, patrono da cidade. A Catedral Segoviana se constitui no último edifício gótico da Espanha. Além desta, há várias igrejas românicas, conventos e monastérios.

Para se ver bem Segóvia, com maior profundidade, creio que de 2 a 3 dias é o ideal, no entanto, numa rápida visita de 1 dia, já se tem uma boa idéia das suas principais atrações. Dentre outras coisas interessantes, como a Calle Real e a Plaza Mayor, o Alcázar sem dúvida vale a pena ser visitado. Situado na confluência dos rios Eresma e Clamores, é um palácio onde nasceram príncipes e reis, já tendo sido transformado em Forte, e atualmente guarda o arquivo histórico militar de Segóvia. Foi palco da resistência espanhola contra as tropas de Napoleão em 1808. Guarda ainda a trágica história real do filho de Enrique II, don Pedro, que caiu de uma de suas janelas, aos 12 anos. Dizem que a ama que cuidava do menino se jogou depois.

Saindo do trágico para o curioso, Segóvia guarda algumas lendas. A ver...