quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A Estrangeira e as Maquininhas 2

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Quem acompanha o blog já deve saber das minhas poucas habilidades tecnológicas (post "A estrangeira e as maquininhas") e culinárias (post "Ana Maria Braga"). Pois bem, já pensaram o que acontece quando eu preciso usar um aparatozinho desses da modernidade para cozinhar? Isso mesmo: um estresse! Aliás, sempre me considerei uma pessoa relativamente paciente, porém, tenho chegado à conclusão de que a percepção que cultivamos de nós mesmos depende muito das experiências que passamos, e do quanto nos deparamos e reagimos ao novo. Surpreendemo-nos positiva ou negativamente com nós mesmos a cada nova situação vivenciada. Bueno, ultimamente talvez tenha me estressado por pouca coisa, mas já imaginaram quando o dito aparato modernoso é justo o fogão! E o pior é que ele é um meio termo entre o moderno e o antigo. Não tem nada pior do que "o que é e não é", ou que "parece ser e não é", ou "é e não parece ser". Explico-me: é de vitrilho, porém a gás! Explicando melhor ainda, bem didática, para aqueles que como eu não estão muito acostumados com essas coisas: ele é daquele tipo que é acoplado ao balcão, duas bocas, bonito e aparentemente moderno, porém, para você ligar exige uma dose extra de paciência, pois não é elétrico e tampouco reage à nossa antiga caixa de fósforos ou isqueiro, sacou?! Então, há um “jeitinho”, que já percebi que não é o tão propagado “jeitinho brasileiro”, que o faz funcionar. É outro tipo de jeitinho, mais complexo, chamado de manha, paciência, determinação ou mandinga espanhola para o tanto de liga-desliga que se faz necessário para que ele finalmente funcione. Até mesmo quando ele começa a funcionar é difícil de perceber, pois o início se dá com uma pequena e delicada chama, facilmente imperceptível devido ao brilho do vitrilho, sacou de novo?! Quando penso que vou cozinhar no fogão de vitrilho não elétrico?! Não dá outra: Burguer King de novo! Ai que saudade do meu antigão, que quase sempre pedia o velho e bom fósforo, uma das melhores invenções da humanidade! Que saudade!

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