Amanhã volto a Madri. Está tudo muito bom, está tudo muito bem (bueno, nem tão bom, nem tão bem assim), mas realmente preciso retomar minha vida.
Cheguei à conclusão, nem triste nem feliz, de que aqui também sou (ou estou?!) uma estrangeira. Nunca imaginei que essa definição fosse caber tão bem nos dois mundos.
Em terras brasileiras, só pra começar: não tenho mais casa, carro, celular, trabalho... tudo é dos outros ou compartilhado com outros. Além disso, a desinformação sobre uma série de novas coisas e tendências, próprias da terrinha, é latente. As relações adquirem novas nuances, enfim... Sem falar que, desta vez, não tive uma agenda própria, mas tive que resolver uma série de pendências familiares.
Ainda assim, me sinto feliz de ter podido estar por perto, a presença física diminui a culpa pela ausência e principalmente a saudade.
Já falei aqui que não me sinto uma cidadã do mundo, e do quanto sinto falta de tudo e de todos... essas idas e vindas me revigoram. Assim, vivo minha estrangeirice de forma mais tranqüila e esperançosa nos dois mundos.
Que "venha" então Madri, e que a saudade agüente por mais um semestre. Aos daqui, até à volta..., ou seria... até a ida?, até a chegada?!, até a partida?! difícil dizer...
Um comentário:
Olá Cristina! Eu sou estrangeira desde 1997... e digo isso porque acho que esse fato só tem data para começar, depois você não volta ao "normal". Mas aí a gente entende melhor aquela expressão "home is where the heart is", e ele pode estar em qualquer lugar! Parabéns pelo blog!
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