sexta-feira, 30 de maio de 2008

O que há de bom na solidão





Na minha primeira semana aqui, Antônio me sugeriu algumas maneiras de me divertir sozinha, flanar, ler, tirar muitas fotos dos espaços públicos ou do que eu achasse interessante, conhecer a cidade e, quem sabe, descobrir "o que há de bom na solidão!". Para quem não sabe ainda, Antônio é um primo-irmão, responsável por alguns comentários neste blog, e, ao lado da minha irmã, Christianne, que foi quem realmente me sugeriu fazer o blog e me mostrou como, foi também um grande incentivador. Bueno, voltando, é verdade que estou em Madri com marido e filho..., é verdade também que a maior parte do dia estou sem eles, e, em algumas semanas, o marido viaja - como esta, por exemplo.

Bem, ao longo de uma semana quase que inteiramente só, mantendo uma conversação de mais de 10 minutos apenas com uma criança de 6 anos, acho que posso dizer que descobri o que há de bom na solidão: escrever!!!! E é maravilhoso ver algum comentário blogado, pois "já não me sinto só, tão só, tão só... com o universo ao meu redor...".
http://br.youtube.com/watch?v=1349abSk-YA

"Tarde, já de manhã cedinho
Quando a névoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade
Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor"

Maravilhoso mesmo foi, há pouco, ouvindo-me blogar o endereço do youtube de "Universo ao meu redor", de Marisa Monte, meu filho se lembrar e cantarolar outra letra dela, que estávamos ouvindo no carro ainda hoje e que é uma das preferidas do meu marido, Demetrio:
"só nao se perca ao entrar,
no meu infinito particular" ...
mais apropriado impossível. Mesmo sem querer, Iago se transforma, então, no co-autor desse texto. Filhos, melhor tê-los!
http://br.youtube.com/watch?v=qWSEZUHlhNI

"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular"

5 comentários:

Unknown disse...

Falando um pouco do mundo de cá, o mais estranho é ter que fazer uma viagem de trabalho dentro de outra viagem (de trabalho!), e ter que deixar sua mulher e filho sós na viagem original ...

Mas, no final, o melhor de tudo é voltar da viagem de trabalho para sua viagem original e poder sentir e dizer - que bom voltar pra casa !!!

Christianne Alcântara disse...

É mesmo muito bom voltar para casa, Metrio. Lembrei-me, a partir da sua reflexão, de um brasileiro que nunca desiste: Amyr Klink. Aí vai um trecho do livro Paratii - Entre dois pólos. Todo ser humano deveria lê-lo...
"Única testemunha do meu horizonte, comemorei sentado, quieto, com a boca cheia, a minha maior conquista: partir. Ainda que minha viagem durasse apenas um único e mísero dia. Parti para minha mais longa travessia e, mesmo que ela só durasse esse único dia, eu havia escapado do maior perigo de uma viagem, da forma mais terrível de nafráugio: não partir. (...)
Porque no fundo eu parti para voltar"

Christianne Alcântara disse...

As fotos estão lindas!!!! Dá pra fazer muito scrapbook. Quando você chegar, vou ensinar esse passatempo maravilhoso!!!

Anônimo disse...

Tiaa!As fotos tão lindas mesmo!^^
Desculpa pela ausênciaa!beijos e saudades!:*

Anônimo disse...

Para Nane:
Não dá pra tu me ensinar esse passatempo maravilhoso a distância, não? Adoraria.